13 abril 2012

Short Story XXXV - The End


Esse é meu último post. Eu os comecei como uma brincadeira, depois as pessoas foram gostando e fui me animando e as “pequenas histórias” foram crescendo um pouco e deu nisso (desculpe). Claro que não contei quase nada do que aconteceu na minha vida, mas já deu, né? Vamos parar por aqui, afinal, apesar de terem sido 35 posts, temos dezenas de micro histórias neles sendo contadas. Viver meio século não é pouca coisa e tem sido muito bom vive-lo, na verdade o bom não foi chegar aqui, mas sim a caminhada. Já sofri e me alegrei nesses anos e levo comigo o meu maior legado: relacionamentos, pessoas, amigos. Nesses anos eu me diverti estudando, me diverti trabalhando, me diverti andando, me diverti lendo, me diverti lendo andando (desenvolvi grande habilidade nessa área), me diverti vendo paisagens (gosto de olhar pela janela da barca, ou admirar o Aterro do Flamengo e a baia da Guanabara da Ponte ou de janelas de prédios. Também gosto de olhar o mar, a natureza com suas montanhas e águas), me diverti parando a moto na Ponte Rio Niterói para admirar uma lua que nascia, enorme (não lembro de ter visto uma tão grande e linda como aquela), espero ainda me divertir muito com meus netos (vou ser o “estraga criação”) e ainda pelo o que me resta de vida. Resolvi contar essas histórias para marcar meu meio século de vida e esse último seria um resumo desse período, uma declaração sincera do que foi viver esses poucos anos (sei que os jovens acham muito, mas acreditem, é pouco, passa muito rápido e nem percebemos eles irem). Resumiriam a vida em fases: a primeira, que foram objetos da maior parte dessas histórias, foi minha infância, eu fui feliz. Eu me diverti muito, fazendo o que gostava, tive percalços (uns “poucos”), mas sobrevivi. Meus pais me deram o que eu precisava para viver e anos tranquilos num lar em que havia paz. A adolescência foi como a de todos, com muita instabilidade e extremos, fui injusto com muitos e não tenho muito o que recordar dessa época. Passei por ela já me preparando para a idade adulta, que estava às portas e logo conheci minha esposa, que dariam muitos posts só pra falar dela, então eu resumo: com ela passei a maior parte desse meu meio século; com ela evolui e aprendi muito; sua alegria foi meu sustento em todos esses anos; tivemos bons e maus momentos; alegrias e tristezas; vaca gorda (no singular porque foi somente uma) e magras (muitas) e continuamos juntos. Tivemos nossos dois filhos que só deram alegrias. Quando crianças enchiam nossa casa de vida e vigor, adolescentes um saco e agora, indo para idade adulta, são meus amigos. Meu balanço final? A vida vale à pena ser vivida.

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