06 abril 2016

Profissões: Policial

Responsável pela segurança e pelo controle da violência, vive no limiar de dois mundos, lutando contra a natureza humana, que raramente falha, de se corromper, sendo cercado por tentações e possibilidades escusas, mas com a obrigação de manter a integridade e a honestidade, não nada é fácil. É responsabilizado pela violência da sociedade, quando na verdade a combate, não é ele que a cria (pode colaborar), somos nós mesmos, ela está no nosso meio, portanto injusto responsabilizá-lo pelo aumento da criminalidade, roubos ou violências gratuitas, aliás, se fossemos seres humanos decentes eles não precisariam existir, se respeitássemos o próximo, os bens do próximo, a desejássemos o bem ao próximo, à vida do próximo, eles seriam inúteis, mas exatamente por fazermos o oposto e para lutar contra a nossa natureza, que eles estão por aí.
Como eu dizia, a tentação é grande, e eles não precisam procurar a moleza, não precisam se oferecer à corrupção, ela é oferecida, muitas vezes em bandejas de prata, basta estender a mão e pegar, pois, somos uma sociedade, além de violenta, corrupta, basta assistir os jornais na TV, rádio ou Internet (em papel ninguém lê mais). Os maus querem que eles se desviem do propósito para que se tornem cúmplice, refém da vida criminosa que levam. Quando cedem perdem a dignidade, perdem a moral, perdem a autoestima e a autoridade, aí vira bagunça, se torna marionete na mão deles e isso não é bom. Policial com autoridade é incorruptível e a malandragem sabe disso e respeitam, mas quando é o oposto, eles esculacham, mas como disse, não é fácil se manter ilibado nesse meio, não o meio policial, não é isso que estou dizendo, digo a parte da nossa sociedade que os exigem, os inescrupulosos, os bandidos, os maus elementos, os corruptos e inescrupulosos, os sem moral e caráter, que pensam que todos são e devem ser como eles.
Conheço muito policiais, tenho amigos e parentes policiais e tenho prazer de serem meus amigos e parentes, pois conseguiram se manter dignos, vivem com o soldo, andam de carros populares, mas são o orgulho dos que os conhecem, pois sabem que dão o seu melhor para combater esses cânceres que estão entre nós. Acredito que tiveram de dizer muitos nãos para a malandragem e para “amigos” de farda ou delegacias, portanto dignos de honra. E os que se corromperam? Deles tenho pena.

Profissões: Empresário

Bem, nessa época de crise, vejo que muitos estão sentindo falta deles. Sempre chamados de ladrões, exploradores do pobre trabalhador, ricos que esbanjam dinheiro, pelos partidos de esquerda (PT, PSOL, PSTU, PCB etc). Assim como nos médicos, fico dividido, pois, de uma maneira geral, são mercenários mesmos, só pensam no lucro, em negócios e no dinheiro, apesar de haver exceções, mas também sem eles não há o desenvolvimento do país, não há crescimento econômico, não há prosperidade. São eles que arriscam capital, inteligência e suor num empreendimento que pode beneficiar famílias, são eles que correm o risco de ficarem pobres nessas empreitadas, mas poucos reconhecem isso.
Trabalhei e trabalho para eles, alguns foram legais, humanos, tinham uma preocupação real com as famílias que os empregados representavam, mas a maioria não, eram “miserável homem que sou, que só faço minha obrigação”, só cumpriam o que a lei obriga e achavam que estavam fazendo muito. A verdade e que acham que ganham mais, quanto mais exploram os empregados. Não acredito nisso, entendo que os empregados podem ser parceiros nessa empreitada, podem ajudar a alcançar metas, reduzir custo, conquistar clientes, mas a via tem de ser mão dupla, só o “vem a nós” e “vosso reino”, nada, não vai rolar, aí os empregados também serão “miseráveis homens que somos, que só fazemos nossa obrigação”, o que nem sempre é suficiente, o algo mais pode ser uma grande diferença no quanto o empresário pode ganhar ou perder.
Eles merecem o que ganham? Sim, cada centavo. Vivem em função do negócio, trabalham 24 horas por dia pra serem bem sucedidos, pensam o tempo todo no empreendimento, em como reinventá-lo, planejando o futuro, procurando boas pessoas que possa ajudá-los, analisam os impostos e tributos que não são poucos, no custo dos encargos da folha, na venda, que é o que mantém o negócio, no lucro e principalmente, no fluxo de caixa. É, a vida deles não é nada fácil, mas fazem o que gostam, constroem um império que será destruído pelos herdeiros perdulários, mas ele já terá morrido, e isso não terá importância nenhuma, não poderão levar nada com eles, vai ficar tudinho aqui.
Eu tenho inveja deles? Sim, porque não tenho espírito empreendedor, não tenho a paixão que está nos vencedores, não sei construir um negócio, faço contas e desisto (maldita profissão). Confesso que já tive esse desejo, esse sonho, mas agora me conformei, coisa que um empreendedor jamais faria, ele vai quebrar uma, duas, três, quatro, quantas vezes forem necessárias, mas vão se levantar e tentar de novo, até vencerem, ou não.
Pra finalizar, o meu desejo em todos os lugares que passo é que o meu patrão ganhe muito, mas muito dinheiro, que não tenha onde colocar, que fique sem saber o que fazer com ele (quem sabe não faz uma participação nos lucros?), que tudo corra bem, que a empresa cresça, que consiga bons clientes, que lucre muito, porque se ele perder uma centavo…! Aí eu tô ferrado.

Profissões: Religioso

Bem, o que falar dessa profissão, talvez que não deveria ser uma? Difícil, afinal eles têm uma função muito importante: nos guiar à Deus, ou nos afastar dele, vai saber. Eles apanham muito. Injustiça, dirão alguns; verdade, dirão outros.
Uma pessoa muito querida os chamavam de “hipócritas; sepulcros caiados, bonitos por fora, imundo por dentro; raça de víboras; amantes dos primeiros lugares para serem vistos pelos homens...”, batia forte e há mais de dois mil anos. Interessante que falava às prostitutas (grande pecado da época), traidores da nação (coletores de impostos, muito odiados pelo povo) e outros pecadores: “vinde benditos do meus Pai; nem eu te condeno; nessa casa chegou salvação; essa noite estarás comigo no paraíso...”. Estranho não? Porque batia nos religiosos e era tão diferente com os pecadores? (para pensar).
Bem, voltemos a esse difícil post. Diz o texto, “a quem muito é dado, muito será cobrado”, portanto, tenho uma certa pena deles, pois acho que terão de prestar contas dos seus atos e a tentação nesse meio é muito grande, você pode desviar dos objetivos facilmente, é muito fácil se corromper, pois as pessoas que os rodeiam tem um coração bom, inclinado para Deus, com sede e fome espiritual, muitas vezes doentes, carentes, com medo de morrer, com algum trauma, podendo facilmente serem manipulados por algum religioso desonesto. Vemos isso o tempo todo, pai de santo que explora uma pobre pessoa, pastor que se aproveita do dinheiro e às vezes da própria ovelha, padres pedófilos, aiatolás que levam jovens à morte e assim vai. O dinheiro, o vil metal, o poder e poder influenciar o tempo todo os rodeando..., não é fácil, se não tiverem foco, se não acreditarem realmente na sua fé e no seu chamado, se desviam.
Claro que existem os charlatões, pessoas que fingem terem fé, mas na verdade não creem em nada, são ateus, incrédulos, materialistas e não é deles que estou falando, mas das que inicialmente tiveram um chamado, ou acreditam que o tiveram, mas ficaram pelo caminho, a consciência foi se cauterizando, foi se comparando aos outros religiosos e passou a pensar “se ele pode, porque eu não posso?; o templo dele é menor que o meu e ele tem isso ou aquilo; todo mundo faz; que mal tem?”, passou a ter outra métrica, a métrica humana, a acreditar ser merecedor da matéria e Deus foi ficando de fora do seu próprio “negócio”. Conta-se a história de um padre que foi ao Papa e nesse encontro ele falou que não acreditava mais nos dogmas e crenças que ensinava e perguntou ao Sumo Pontífice, “que fazer? ” E ele respondeu, “finja”.
Temos de lembrar, existem os que não se desviaram, fizeram voto de pobreza, que mantiveram a fé, que não dobraram os joelhos a outros deuses, que não exploram suas ovelhas, que não ensinam a guerra santa e sim a convivência pacifica entre religiões. Eles trabalham pelos fiéis que lhe foram confiados, vivem 24 horas à disposição deles, são dedicados, suam na elaboração de bons sermões que podem fazer a diferença para quem tem o privilégio de ouvi-los, planejam eventos, visitam os doentes, realizam casamentos, festas, encontros para que esses fiéis possam interagir e crescerem material e espiritualmente. Esses merecem todo o nosso respeito e consideração, afinal são sacerdotes a serviço de Deus, que querem o nosso bem e são dignos do nosso reconhecimento e honra.

Profissões: Gari

Essencial à nossa sociedade, mas são invisíveis, ignorados, não recebem o valor que deveriam, o cuidado que merecem e pior, ganham mal pelo que fazem. Não são cortejados como os médicos, não tem piso nacional, não tem força política, como os professores, mas são essenciais e merecem mais valor, são, como disse, invisíveis, ninguém os enxergam ou se importam com eles, mas, quando param, fazem greve, se revoltam… aí é outra coisa, aí percebemos sua importância, como são fundamentais na vida da cidade, diferente de outras categorias, que ficam meses em greve e nada, ninguém se importa.
Esse post tem a intenção de informar que sim, eles existem, eles estão entre nós, ao nosso redor, trabalhando e nos oferecendo um lugar melhor para vivermos. Colaborem com eles, façam sua parte, quando descartarem seus lixos tomem cuidado com vidros, objetos pontudos, latas ou algo cortante. Procure embrulhá-los em um jornal ou numa caixa, muito Garis se ferem quando vão fazer a coleta e esse cuidado não nos custa muito, chamo de consideração, o maior dos sentimentos para mim, reconhecimento, gratidão.
Isso não é apologia à baixa qualificação, apenas chamar a atenção para eles, por quem passamos quase toda hora, mas os ignoramos solenemente, não os percebemos. Se eu conseguir que um ou outro passem a cumprimentá-los, a elogiar seu trabalho, puxar um assunto, reconhecer sua existência, já me darei por satisfeito. Isso também se aplica aos funcionários que cuidam da limpeza das empresas, das casas, órgãos públicos, hospitais etc. Tenham consideração, digam as palavrinhas mágicas (bom dia, boa tarde, etc) e os farão felizes. Sabem porquê? Porque não estão acostumados a isso, mas sim a serem ignorados. Será uma grande surpresa.

Profissões: Médico

Fico muito dividido com eles, pois, se de um lado uns se preocupam e querem salvar vidas, outros são mercenários e enrolam pacientes em busca do vil metal, por outro lado temos os bons profissionais, que realmente se preocupam com seus clientes, os que que atuam na saúde pública pensando em servir o povo mais sofrido, em prontos socorros, outros em ONGs, em países em guerras, altruístas querendo sinceramente ajudar os mais necessitados, mas temos também os que operam em série, não dão recibos e fazem consulta à jato, se fosse possível fariam consulta em grupo, para ganhar na escala, muitos nem olham ou tocam no paciente, descaso.
Tive poucos bons médicos ao longo da minha vida (graças à Deus não precisei muito deles) a maioria fizera consulta em no máximo cinco minutos, poucos olharam realmente preocupados para mim. Muitos pediram exames desnecessários, outros me encaminharam para compinchas seus para eu adquirir produtos ou realizar exames, outros solicitaram exames desnecessários, até com anestesia geral, que ele mesmo realizaria ou os tais compinchas, sem necessidade, o que considerei bom agarrei, estou com ela a quinze anos.
Para ilustrar: perdi meu olfato, fiquei um ano e meio tratando, tomando corticoides e antibióticos e uma médica nunca, nunca, foi sincera comigo, apesar de eu se paciente há anos, não se preocupou realmente comigo, me cozinhou em banho maria, eu era um pé de chuchu. No final, quando não tinha mais como me enrolar, me encaminhou para um amigo para uma cirurgia que não me garantia nada, era apenas mais uma forma de ganhar dinheiro por mais um transtorno que passaria. Não seria bacana se fosse sincera e verdadeira, me dissesse que meu caso não tinha cura, que teria que me virar sem o olfato, para não reclamar que poderia ser pior? Tive de descobrir isso sozinho.
Claro que, como já colocado, isso não é regra, existem exceções, principalmente nos filmes e seriados americanos (rsrs), médicos que se preocupam, querem descobrir o problema e querem ajudar o paciente, mas confesso, conheço poucos. Se você tiver um desses agarre com unhas e dentes como eu, não o deixe escapar, pois é uma coisa cada vez mais rara.
Como disse, um post dividido, uma relação de amor, admiração por uns (poucos) e desprezo por outros (muitos), portanto nada diferente das demais profissões, todas têm os bons e maus profissionais, mas acho que... não sei..., veja bem..., é..., não tem jeito, não consigo concluir a opinião.

Profissões: Bombeiro

Heróis, não tenho outra palavra para descrevê-los. Arriscam suas vidas, sempre com pressa, para salvar outras. Muitas crianças desejam ser bombeiros, claro que também motorista de ônibus ou policiais, mas é um sinal da imagem positiva que os bombeiros têm na nossa sociedade, tão carentes de referências. São importantes e movidos por um ideal, legal. Quando escolhem essa profissão não é para ficarem ricos ou construir uma bela carreira financeira, mas ajudar o próximo e isso não tem preço.
Como coloquei, bombeiro se expõe, se arrisca, corre perigos e muitas vezes não é nem visto ou valorizado, sempre com pressa, com suas escandalosas sirenes, berrando, para que os caminhos se abram e o legal é que eles realmente se abrem e isso é superinteressante. Às vezes observo ambulâncias ou carros de polícia com suas sirenes abertas e nada, ninguém sai do lugar, ninguém se preocupa de abrir caminho e quando fazem o fazem calma e vagarosamente, sem pressa e fico pensando, porque? Não tenho resposta, mas acho que é a imagem que construíram. Quantas vezes vemos ambulâncias vazias e policiais sem ocorrências apenas se aproveitando desse privilégio. Não sei, como disse, não tenho resposta, mas eu abro caminho rápido quando vejo um bombeiro.
Os bombeiros estão nas praias, nas ambulâncias de resgates, nas fiscalizações de prédios públicos, estádios, shows e também apagando incêndios (não podemos esquecer) e eu, na minha linha de textos ácidos de mal gosto, gostaria de tecer uns comentários polêmicos e contraditórios, dizer umas “verdades” para eles, mas não tenho, apenas elogios e agradecimentos, que continuem seu excelente trabalho, lutem para não se corromper e espero nunca, mas nunca mesmo, precisar de vocês.

Profissões: Operário

Chorões, comparam seus salários a jogadores de futebol famosos, juízes, altos funcionários públicos ou políticos. “Se acham”, querem até que o imperador japonês se curve para eles, talvez essa arrogância vem do fato de ensinar, acabam se achando melhor que os outros. Se julgam injustiçados, os seres mais importantes da sociedade, sofridos por natureza, que tem um sacerdócio, um sacrifício a cumprir pelos outros seres inferiores, ensinar. Se veem como a última bolacha do pacote, pensam que todo o conhecimento do universo saiu dos seus sacrossantos lábios, que sem eles a civilização desmorona. Não concordo.
O ensino não pode ser monopólio de uma casta, de uma religião ou de um estado, basta ver o que acontece nos estados Islâmicos, cuja educação pertencem aos Mulás (sei lá o nome deles), ou países comunistas, cuja educação é monopólio do estado, não dá coisa boa. Para mim todos ensinam, todos somos professores e todos aprendem, até sozinho, no frio da madrugada, sem a valiosa companhia do mestre profissional, não são a fonte única do conhecimento e do saber e são até recentes, comparando a história da humanidade, fora que poucos são realmente como se definem, poucos se importam com o aluno, muitos querem dar a sua aula e sair correndo, só cumprir tabela, a obrigação. Tenho um amigo professor que um aluno perguntou a ele, “professor, o que vai cair na prova?” e ele respondeu, “lágrimas, e não as minhas”. Tá se lascando para o pupilos.
Quero dizer que não são importantes ou que não exercem uma atividade importante? Claro que não, são importantíssimos, nos ensinam as primeiras letras, os primeiros passos do conhecimento, mas são tão importantes como as demais profissões, não são diferenciados, apesar de assim serem considerados, haja vista os diversos privilégios que desfrutam como a de se aposentarem antes dos demais, carga horária menor, duas férias por ano etc. O que fazem de tão desgastante para terem esses privilégios?
O conhecimento deve ser disseminado e os professores profissionais são os melhores canais para isso, mas não pode ser considerado o único, até porque eles não geram conhecimento, os repassam. Mas são importantes, repito, antes que me matem.
P.S. Sofri muito por publicar esse post, a ponto de deleta-lo e até desisti de continuar escrevendo sobre profissões. Como coloquei, isso é apenas um post, uma brincadeira de escrever, não necessariamente o que se acredita, ou apologia de a ou b, meu objetivo não foi ofender ninguém, mas mostrar um outro lado das profissões, todos os posts terão essa vertente, uma outra visão, mas não a verdade absoluta, apenas mais um ponto de vista, é para refletir.
Claro que existem grandes mestres e me atrevo a dizer que a maioria é sim dedicada, principalmente os do ensino fundamental, mas existem também os outros, mercenários, que venderam sua alma por pouco dinheiro, que não gostam do que fazem. Novidade? Claro que não, todas as profissões são assim, temos os bons e os maus profissionais (leia o que escrevi sobre minha profissão, Contadores).
Enfim, vou continuar escrevendo e nas próximas semanas serão sobre os bombeiros, médicos, policiais, religiosos, motoristas etc. Comentem, critiquem, eu aprendo muito com vocês.

Profissões: Operário

Trabalham no sol, na chuva, na lama, no buraco, fora do buraco, no alto, pendurado em pinguelas e andaimes toscos, mas depois não podem nem entrar no que eles construíram, triste. São mal vistos nos ambientes que deu o suor e às vezes literalmente o sangue para construir, ganham mal e não são reconhecidos, não tem os privilégios dos professores, nem o respeito dos jornalistas, médicos e advogados, mas são tão importantes quanto.
Fui peão de obra durante muito tempo e posso falar para vocês que, apesar do parágrafo anterior, são felizes. Ser peão é muito divertido, zoam uns aos outros e a si mesmos o tempo todo, se divertem com as vicissitudes das suas vidas e do trabalho, isso mesmo, dizíamos “ganhamos mal, mas nos divertimos”, era o mote.
Peão também tem outra característica bem interessante, as cantadas. Quem nunca ouviu uma delas, divertidas: “Você tá igual melancia na roça, tá rachando de boa!”, “Aê mina, você encantou minha serpente”, “Você é o ovo que faltava na minha marmita”, “Garotas abelha, o homem mel chegou!”, “Ô mina, você é ‘fia’ de mecânico? Porque você tá com as ‘peça’ tudo no lugar”, “Eu beberia o mar, se você fosse o sal” e assim vai.
Voltando ao início, às vezes vemos consideração com eles, como na inauguração no Maracanã ou do Museu do Amanhã, acho isso legal e deveriam haver mais, pois muitas e muitas vezes eles não terão condições financeiras de desfrutarem do próprio trabalho, mas não só nessas grandes obras deveríamos reconhecê-los, quando realizarem uma obra em nossas casas convide-os a entrar, elogiem seu bom trabalho, paguem salários justos. É pouco, mas é um começo.

Profissões: Jornalista

Fofoqueiros modernos, querem saber das coisas para falar para todo mundo. Se acham superiores como os professores profissionais e que podem falar o que quiser, como o jornal francês Charlie Hebdo, que tem prazer em afrontar crenças alheias, mas se discordar deles estará atrapalhando a liberdade de imprensa, de expressão, será um ataque à democracia e a civilização ocidental e oriental, são intocáveis. Como seres superiores que se acham, também pensam que são os donos da verdade e se possível a manipulada por eles, querem influenciar, não somente informar. Vendem a alma e alma da mãe para aparecerem e serem reconhecidos, terem um dos prêmios que eles criaram para divulgarem seus feitos e ainda existem os piores de todos, os demagogos, hipócritas, que se arvoram defensores dos “frascos e comprimidos “ e ficam cuspindo suas asneiras, atacando, culpando e responsabilizando a tudo e a todos pelas mazelas do mundo, que fazem questão de mostrar nos mínimos detalhes. Nisso são bons, tenho de concordar, são perfeitos Fariseus.
A informação é importante, tem de ser divulgada, mas não somente pelos jornalistas, aliás o que eles fazem é entretenimento, cronometrem quantos segundos uma notícia demora num telejornal, as importantes, mas muito importante na visão deles, demoram 20 segundos, se demorar mais que isso, fiquem ligados, tem algum outro interesse no meio, aliás, interesses no meio da informação é o que não falta, são milhares de exemplos, mas vão alguns: 1 - a imprensa brasileira sempre lembra que a energia elétrica subiu 52% em 2015, um absurdo, é verdade, mas pouco falam dos 500%, de uma só vez, na Argentina e ainda dizem que será positivo, que será bom para o país; 2 - o tempo todo ressaltam a violência no RJ e SP, 18 e 8 mortes violentas a cada 100.000 habitantes, muita coisa, mas quase não falam das cidades do Nordeste onde morrem em média 70 a cada 100.000; 3 - atualmente tem um bloco no JN só para falar da nossa péssima saúde. Será interesse genuíno por melhorias para que o nosso povo viva melhor? 4 - Porque atualmente dão tanta cobertura ao tríplex e ao sítio do chefe? Porque não falavam nada quando o governo era forte? E da turma do outro lado, nada?
Com razão estão me achando um azedo, mas lembro que ainda existem bons jornalista, que fazem um trabalho sério, que não manipulam dados ou informações, que procuram verdadeiramente informar e falar a verdade, mas são poucos.
A divulgação de informações é importante demais, não pode ser exclusividades de ninguém, de algum grupo, de governos basta ver exemplos históricos, como os países fechados e ditaduras diversas ou religiosas, lugares que controlam o que se pode saber. Conta-se que dois corredores, um Russo e um Americano, participaram de uma prova. O Russo perdeu, mas os jornais Russos publicaram: “numa importante corrida internacional o camarada Russo Boris ficou em segundo lugar, enquanto o americano não passou do penúltimo lugar”. Mentiram?
Todos temos direito de escrevem suas bobagens, inclusive eu.

Profissões: Contador


Contador é um pobre diabo, trabalha pra caramba, ganha pouco, mas em compensação tem muita responsabilidade e responde por quase tudo numa empresa. Ele é o cara para tratar de um pé inchado ao planejamento fiscal da empresa, passando por quebrar galhos e dúvidas diversas, nas mais diferentes áreas, como financeira, jurídica, societária etc. Claro, deve estar pensando, tá chorando miséria, verdade, todo contador tem essa característica, adora uma auto comiseração, adora uma história triste, mas no fundo, bem no fundo, ele deve ter razão. A segunda característica marcante do contador e ser chato, isso mesmo, chato, quanto mais chato, melhor, se não for chato tem alguma coisa errada. É ele que cobra o cumprimento das normas internas, tributárias, documentação, assinaturas, autorizações, etc, por isso é tão mal visto, mas fundamental para perpetuação da entidade.
A profissão é boa? Tenho uma métrica para essa definição: o pai insiste para que você a siga? Isso pode ser observado nos políticos, médicos, advogados, religiosos etc, mas contador? Desconheço algum que faça isso, a não ser o dono da empresa, por causa da herança que deixará, os demais incentivam os filhos a serem engenheiros, médicos, psicólogos ou qualquer outra profissão diferente da dele, querem limpar a raça.
De um modo geral contador tem origem humilde. Conheci apenas dois que moravam em Ipanema, um era filho do porteiro do prédio, que tinha uma apartamentinho nos fundos, mas o segundo era diferente, era filhA do porteiro do prédio, agora em São Gonçalo, Itaboraí, Baixada, Zona Oeste… vixe! Claro que muitos moram bem, mas é fruto do seu trabalho, lutaram e venceram nessa seara tão árdua, portando são merecedores, eu continuo em SG.
Mas voltando, para que não fiquem pensando que somos uns pobres miseráveis, nós gostamos de chorar miséria sim, é uma característica verdadeira, por isso esse post, afinal não nego, sou um dos tais, mas somos felizes, podem ficar tranquilos, gostamos do que fazemos, para qual estudamos quatro ou cinco anos até nos formarmos, normalmente à noite, e mais pelo menos cinco anos para podermos nos considerarmos bons nesta área, então tá de bom tamanho.
Também temos, como em todas as profissões, maus profissionais e também profissionais ingênuos, que se metem com quem não devem. Oferecem seus préstimos ao lado negro e pagam o preço, são sempre os primeiros a serem pego, exemplos: escândalo Garotinho: quem foi preso? o contador; escândalo Sarney: quem foi preso? o contador; escândalo Jáder Barbalho: quem foi preso? não responderei, somos os primeiros a irmos em cana e também podemos responder com nossos suados bens pelos crimes, muitas vezes praticados pelos outros, mas teremos um final feliz, seremos sepultados por papéis, descansaremos em paz sob ele.