06 abril 2016

Profissões: Empresário

Bem, nessa época de crise, vejo que muitos estão sentindo falta deles. Sempre chamados de ladrões, exploradores do pobre trabalhador, ricos que esbanjam dinheiro, pelos partidos de esquerda (PT, PSOL, PSTU, PCB etc). Assim como nos médicos, fico dividido, pois, de uma maneira geral, são mercenários mesmos, só pensam no lucro, em negócios e no dinheiro, apesar de haver exceções, mas também sem eles não há o desenvolvimento do país, não há crescimento econômico, não há prosperidade. São eles que arriscam capital, inteligência e suor num empreendimento que pode beneficiar famílias, são eles que correm o risco de ficarem pobres nessas empreitadas, mas poucos reconhecem isso.
Trabalhei e trabalho para eles, alguns foram legais, humanos, tinham uma preocupação real com as famílias que os empregados representavam, mas a maioria não, eram “miserável homem que sou, que só faço minha obrigação”, só cumpriam o que a lei obriga e achavam que estavam fazendo muito. A verdade e que acham que ganham mais, quanto mais exploram os empregados. Não acredito nisso, entendo que os empregados podem ser parceiros nessa empreitada, podem ajudar a alcançar metas, reduzir custo, conquistar clientes, mas a via tem de ser mão dupla, só o “vem a nós” e “vosso reino”, nada, não vai rolar, aí os empregados também serão “miseráveis homens que somos, que só fazemos nossa obrigação”, o que nem sempre é suficiente, o algo mais pode ser uma grande diferença no quanto o empresário pode ganhar ou perder.
Eles merecem o que ganham? Sim, cada centavo. Vivem em função do negócio, trabalham 24 horas por dia pra serem bem sucedidos, pensam o tempo todo no empreendimento, em como reinventá-lo, planejando o futuro, procurando boas pessoas que possa ajudá-los, analisam os impostos e tributos que não são poucos, no custo dos encargos da folha, na venda, que é o que mantém o negócio, no lucro e principalmente, no fluxo de caixa. É, a vida deles não é nada fácil, mas fazem o que gostam, constroem um império que será destruído pelos herdeiros perdulários, mas ele já terá morrido, e isso não terá importância nenhuma, não poderão levar nada com eles, vai ficar tudinho aqui.
Eu tenho inveja deles? Sim, porque não tenho espírito empreendedor, não tenho a paixão que está nos vencedores, não sei construir um negócio, faço contas e desisto (maldita profissão). Confesso que já tive esse desejo, esse sonho, mas agora me conformei, coisa que um empreendedor jamais faria, ele vai quebrar uma, duas, três, quatro, quantas vezes forem necessárias, mas vão se levantar e tentar de novo, até vencerem, ou não.
Pra finalizar, o meu desejo em todos os lugares que passo é que o meu patrão ganhe muito, mas muito dinheiro, que não tenha onde colocar, que fique sem saber o que fazer com ele (quem sabe não faz uma participação nos lucros?), que tudo corra bem, que a empresa cresça, que consiga bons clientes, que lucre muito, porque se ele perder uma centavo…! Aí eu tô ferrado.

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