06 junho 2015

Diálogo com o FB - VII - Morrer

Olá, FB, estava pensado, “quando eu morrer...”, cantado em samba, planejado e trabalhado pelos faraós, desejado pelos políticos e em filmes. Todos pensam no que virá depois. O personagem de Brad Pitt, guerreiro de Tróia, desejava ser lembrado mil anos depois (acertou, três mil depois virou filme); faraó pensava na imortalidade; o sambista não queria choro nem vela, mas apenas uma fita com o nome “dela” (quem seria ela?); os políticos constroem obeliscos, leis, guerras e até suicídio para não serem apagados da memória do seu povo e assim vai, e fica uma questão, e você? E eu? O que queremos depois que o samba terminar? Seremos esquecidos?

Não quero FB, falar de religiões, acredito que existam pessoas boas e ruins em todas as crenças e religiões, em todas as opções sexuais, em todas as etnias. Tenho amigos em todos esses estratos e a conclusão que chego é que todos são serem humanos iguais a mim, com suas mazelas e qualidades. Não que eu me omita de dizer o que creio, mas procuro falar para quem está interessado em ouvir, pois hoje vejo que as pessoas são conscientes das opções que abraçam, ou não. Sim, os ateus e agnósticos também escolheram um caminho. Hoje são poucos os que são enganados ou envolvidos em tradições familiares ou sociais, quase todos têm usado seu livre arbítrio e darão conta, ou não (como diz meu filho), das suas escolhas.

Quero falar FB do plano material mesmo, de coisa rasteira e superficial, o que deixaremos quando partirmos, qual será nosso legado, o que ficará de lembranças, depois de sairmos daqui e irmos para um lugar melhor. Meu pai dizia que um homem só pode ser considerado realizado depois de criar uma família, plantar uma árvore e escrever um livro. Acho que por causa disso ele escreveu dois pequenos livros, coitado. Eu posso considerar que criei uma família, árvores já plantei e considero que escrevi um livro, mesmo que eletrônico, nesses e em outros posts (bem mais que meu pai), portanto pela métrica dele eu estaria aprovado, mas acho que o deixarei mesmo é uma lápide com meu epitáfio, “Aqui jaz um pobre miserável, desgraçado, filho de uma égua”, até ser retirado do buraco para colocarem outro em meu lugar.

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