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O Cachadaço (piscina natural), em Trindade, Parati. |
A família da minha esposa tem uma ligação forte com o sul do
Estado do Rio: Ilha Grande, Angra, Parati e Ubatuba, SP, pois são originários
dessas bandas e, de vez em quando, vamos visita-los e ver como estão indo. Até
aí tudo bem, gosto do lugar e mais ainda das pessoas que vamos ver, o problema
é a viagem. Não há uma vez que façamos essa viagem que não ocorra um problema e sério. Uma vez nós enguiçamos, de madrugada, em plena Rio Santos (quem
conhece pode imaginar). Foi terrível! Estava com minha sogra e crianças
pequenas e ficamos com um carro novo, enguiçado, nas trevas da rodovia. Com
muita dificuldade conseguimos chegar a uma localidade e fomos procurar um lugar
para pernoitar e nada! Tudo cheio e a família teve de passar a noite de favor na varanda de
uma pousada, esperando o dia amanhecer e eu na porta duma oficina para tentar
consertar o carro. Claro que se o mecânico conseguisse conserta-lo não seria uma boa história,
o mecânico da região simplesmente não conseguiu encontrar o defeito e precisei
reboca-lo para casa e a família voltou de ônibus. Numa outra vez íamos
tranquilos, estava estranhando, quando, do nada, simplesmente a roda dum
ônibus, que vinha em nossa direção se soltou. Conseguem imaginar? Era a roda
traseira, aquela que tem dois pneus conjugados, passando a centímetros do nosso
carro. Foi terrível 2! Tem mais, numa outra viagem foi um motociclista,
coitado, que não tinha nada a ver com minha sina, mas que vinha em sentido
contrário ao nosso. Eu “tentava” ultrapassar um caminhão nas estreitas e cheias
de curvas, ♪ Estrada de Santos ♫ (Roberto Carlos), mas o motor não tinha
potência pra concluir a ultrapassagem e eu via vir a moto em minha direção. O
que pude fazer foi piscar o farol para ele, tentando mostrar que eu não tinha
como sair da onde eu estava, e assim ele desviar de mim. O coitado não
entendeu, ou vinha muito rápido, e só pode afastar um pouco para a esquerda e
passar a centímetros do meu carro. Foi horrível 3! Passei o resto da viagem
imaginando se eu tivesse colidido com o mesmo, seria morte dos dois ocupantes e
mais estragos em quem estava comigo. E assim vai, sempre acontece algo, tem a
vez que um pneu dianteiro estourou a 100 km/h (primeira e única vez que isso
ocorreu comigo), ou a vez que o carro se recusou a subir uma ladeira, obrigando
à bisavó da minha esposa soltar e subir o morro à pé, tem a vez que eu
“decolei” da pista, voando e quicando no canteiro central, quebrando minhas
quatro rodas de liga (agradeço sempre a Deus por mais esse livramento), tem a
vez que minha esposa perdeu R$ 1.500 nos radares, tem a vez que o carro não
queria subir o “Deus me livre!”(“pequena ladeira” da localidade), tenho até
medo quando penso que vou para lá, pois sempre acontece alguma coisa nada boa.
A última foi com a minha filha. Foi só sair de lá para virmos embora e ela começou
a passar mal, mas não foi uma indisposiçãozinha, realmente ela passou muito,
muito mal. Acho que paramos umas 14 vezes até conseguir chegar, numa viagem que
demorou muitas mais horas além da prevista. Ela veio mal de Parati até o Rio,
quase vomitou as estranhas, viu a morte, muito difícil. Foi terrível 4!
Passarei esse natal lá, depois conto essa outra história.
2 comentários:
BOA SORTE!
Você vai precisar!
Caramba mano, quando isso acontecer, claro que não quero que aconteça mas se acaso acontecer, pode chamar o mano aqui que eu vou tentar chegar até você, pois que eu noto que não é você o culpado de nada é a estrada....bjsssss
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