20 janeiro 2016

Diálogo com o FB - XV - Triste


Hoje não vou encher seu saco, vou falar pouco, pois tenho dito demais, estou triste, FB. Não por mim, mas por uma coluna que li no jornal: uma “mulher, linda, inteligente, culta e bem resolvida”, descrição dela mesma, discorria sobre sua vida. Casada há trinta anos, com um marido que, quando jovem, era o príncipe encantado que toda mulher sonhava ter. Ele se tornou bem sucedido, mas acabaram se distanciando. Ela então diz que foi se redescobrir, viver a vida, ter amantes mais jovens, que a fazia sentir amada. Não se separou, continuava com o marido que ela agora dizia ser insuportável, sem vida íntima e possivelmente cada um vivendo suas vidas (isso estou concluindo). Optou por manter sua família com seus dois filhos.

Tenho outras histórias e uma é bem parecida, só que nessa ela optou por se separar, mas parou em analistas e médicos psiquiatras. Tudo muito igual: príncipe encantado que desencantou, uma linda família, prosperidade financeira, viagens, bens, tudo de bom e do melhor. Conversando com um amigo, ela colocou, “ela se deu bem, está rica”. Concordei com ele na parte da rica, mas se deu bem, acho que não.

Voltando à primeira mulher, ela concluiu sua carta enviada ao colunista com uma frase, “não sou feliz, mas quem é?” Tenho impressão que ambas abririam mão, seja da riqueza, seja dos garotos que a faz sentir-se amada, pelos antigos príncipes, que viraram sapos, pela vida que imaginaram viver. Não deve ser fácil dedicar décadas a um sonho e ele acabar assim.

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