Tinha cerca de 9, 10 anos. Morava num sobrado, com dois andares, e o último andar era uma laje, totalmente aberta, sem nenhuma mureta de proteção. Era um bonito dia de sol, sem vento, e eu soltava minha cafifa nessa laje, no 3º andar. Nunca fui um bom soltador de cafifas ou qualquer outra brincadeira de criança, como pião, bola de gudes, bandeirinha, queimado, amarelinha ou garrafão etc (claro que muitos nunca ouviram falar dessas brincadeiras). Meu irmão acima de mim, não. Sempre foi muito, muito bom. Ele à vezes me usava para tirar bolinhas de gudes de outros garotos incautos e depois dividíamos o butim. Voltando ao 3º andar, “tentava” soltar minha cafifa e distraidamente ia andando para trás procurando um ventinho que a levantasse e nada! Tentava prá lá, prá cá e nada! Assim foi passando o tempo e, de costas, ia andando, andando, andando quando tropecei num tijolo “deixado” perdido no chão da laje e caí. Foi um grande tombo. Me estatelei no chão quente da laje e minha cabeça pendeu para fora da laje, e olhei para baixo do precipício, quase caindo de uma altura de 7 metros. Foi a primeira vez que recordo que Deus salvou a minha vida.
Meus filhos têm curiosidade de conhecer as histórias que meu pai contava e eu tento contar uma ou outra, mas percebo que não é a mesma coisa. Assim, a pedidos, resolvi registrar algumas situações vividas nesse meio século de vida. Quem sabe um dos meus netos não queiram conhecer, né?
18 outubro 2011
Short Story I - O terraço
Tinha cerca de 9, 10 anos. Morava num sobrado, com dois andares, e o último andar era uma laje, totalmente aberta, sem nenhuma mureta de proteção. Era um bonito dia de sol, sem vento, e eu soltava minha cafifa nessa laje, no 3º andar. Nunca fui um bom soltador de cafifas ou qualquer outra brincadeira de criança, como pião, bola de gudes, bandeirinha, queimado, amarelinha ou garrafão etc (claro que muitos nunca ouviram falar dessas brincadeiras). Meu irmão acima de mim, não. Sempre foi muito, muito bom. Ele à vezes me usava para tirar bolinhas de gudes de outros garotos incautos e depois dividíamos o butim. Voltando ao 3º andar, “tentava” soltar minha cafifa e distraidamente ia andando para trás procurando um ventinho que a levantasse e nada! Tentava prá lá, prá cá e nada! Assim foi passando o tempo e, de costas, ia andando, andando, andando quando tropecei num tijolo “deixado” perdido no chão da laje e caí. Foi um grande tombo. Me estatelei no chão quente da laje e minha cabeça pendeu para fora da laje, e olhei para baixo do precipício, quase caindo de uma altura de 7 metros. Foi a primeira vez que recordo que Deus salvou a minha vida.
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